quinta-feira, 10 de março de 2011

Depois do Carnaval

Neste feriado fiquei pensando no poder do tempo em nossas vidas. Há anos atrás o feriado de carnaval era sinônimo de muita festa, em casa, no clube, na rua. Noites sem dormir, dias de ressaca e isto era viver. Neste carnaval recebi minha mãe, minha sogra e a avó de meu marido. As idades entre 75 e 97 anos. Isto me permite conviver com outras formas de olhar para a vida. De outro ângulo. São outros prazeres, diferentes satisfações. A chuva e o frio, tão raros aqui em Campinas, não ajudaram muito, mas mesmo assim aprendi muito nestes dias.Estas três mulheres, que dentro dos limites de suas idades, não deixam de aproveitar um minuto sequer da vida, seja viajando, fazendo novas amizades, compartilhando lembranças (que nem foram construídas junto), demonstrando o prazer em estar perto dos filhos, ou simplesmente contemplando a vida, me fizeram ver que há sempre uma possibilidade de folia. Cada coisa a seu tempo.

2 comentários:

  1. De vez em quando saber uma outra língua dá um "insight". Foi o que aconteceu quando li "...há sempre uma possibilidade de folia".
    "Folia", em italiano, é loucura, mas com um sentido bem carnavalesco mesmo, associado mais à falta de lógica, à irreverência, à fuga do padrão, do que à insanidade, à doença (que seria melhor descrita como "pazzia").
    Voltando ao nosso Carnavéia, como foi suavemente definido, tem louco para tudo. E bem feliz!

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  2. Que lindas! conheço apenas uma das foliãs, mas parecem que se divertiram muito. A que está sentada no meio é minha velha e querida conhecida, e sei que para ela esses encontros são sempre mais uma oportunidade que a vida lhe dá de se alegrar, de relembrar, sem pressa, degustando cada momento. Ela é do tempo em que o tempo passava devagar. E como era bom! Me faz lebrar a poesia de Paulo Mendes Campos: "a vagareza dos minutos adoçam as frutas do outono por chegar".

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